ano de 2025 foi mais um período de intensa transformação e inovação no cenário da tecnologia educacional, e a B42 viveu isso no centro do palco, com projetos, lançamentos e parcerias que traduziram tendência em resultado. Ao nos aproximarmos do fim do ano, vale retomar os movimentos que marcaram nossa atuação: consolidamos o EducaSpace como plataforma de microformações para docentes, aprofundamos o uso responsável de IA em soluções educacionais, fortalecemos o desenho de experiências de aprendizagem e ampliamos nossa presença em eventos estratégicos. Esta retrospectiva reúne aprendizados práticos de projetos feitos com instituições de ensino superior e educação básica, ao mesmo tempo em que abre caminho para as prioridades de 2026, quando vamos escalar o que funcionou, ajustar o que precisa de maturação e seguir cocriando com gestores e professores.
Se 2024 foi lembrado como o ano da explosão da Inteligência Artificial Generativa no discurso educacional, 2025 foi o ano em que a B42 colocou a IA para trabalhar de forma concreta e ética nos contextos reais das instituições. Ao longo do ano, utilizamos IA para acelerar o planejamento de aulas, organizar curadorias de materiais, apoiar a criação de rubricas e orientar a análise de dados de engajamento. Ao mesmo tempo, mantivemos o foco pedagógico: tecnologia é meio, não fim. Isso se refletiu desde a arquitetura pedagógica até as consultorias e implementações sob medida, que privilegiaram objetivos de aprendizagem e critérios de sucesso claros para os nossos parceiros.
Também vimos, ao longo de 2025, o amadurecimento de outras frentes que já vínhamos acompanhando de perto. A aprendizagem imersiva e colaborativa evoluiu na prática, com desenho de experiências mais ricas, usando ferramentas que as equipes docentes já conhecem e conseguem adotar com baixo atrito. As microcredenciais, por sua vez, consolidaram-se como estratégia de desenvolvimento continuado, e as instituições com as quais trabalhamos passaram a solicitar trilhas curtas, com evidências de desempenho e certificação autenticada.
No ensino semipresencial, avançamos na qualificação da experiência do estudante, do roteiro de aula à coleta de dados para tomada de decisão No ensino semipresencial, avançamos na qualificação da experiência do estudante, do roteiro de aula à coleta de dados para orientar decisões, e fortalecemos o apoio ao docente: além de manter a saúde emocional como pauta permanente, com espaços de escuta e conteúdos autorais que equilibram rigor e sensibilidade, garantimos aos professores autores acesso contínuo às microformações do EducaSpace, ampliando repertório didático, domínio de tecnologias (incluindo IA) e práticas de LXD (Learning Experience Design — Design de Experiência de Aprendizagem) que se traduzem em aulas melhores e mais sustentáveis.
Em maio de 2025, nosso aplicativo Educabox foi reconhecido com o Prêmio Destaque em Inovação no 30º CIAED, em Curitiba, um marco que reforça a ideia da B42 de que microlearning, curadoria pedagógica, IA acelerando projetos e acessibilidade podem democratizar a formação continuada docente em escala. O reconhecimento destacou a contribuição do Educabox para levar “drops” de aprendizagem curtos, aplicáveis e consistentes com evidências de carga cognitiva, aproximando a atualização profissional do cotidiano real dos professores. No evento, também distribuímos gratuitamente mais de 500 “Planners de Futuros”, uma iniciativa pensada para ajudar educadores e gestores a organizar seu futuro com objetivos claros, rotinas sustentáveis e planos de ação práticos.
Neste artigo, apresentamos o que a B42 realizou em 2025, as lições que carregamos e as apostas que orientarão 2026.
Retrospectiva EdTechs 2025: principais destaques
IA na educação: do hype à prática
Consolidação: em 2025, a B42 integrou fluxos de IA às rotinas de docentes e gestores em projetos reais, sempre a partir de objetivos pedagógicos. Em vez de “IA por IA”, trabalhamos com diagnósticos, escopo e critérios de sucesso: automatizamos partes repetitivas do planejamento, aceleramos a produção de materiais e desenhamos feedbacks mais úteis para o professor, preservando autoria e contexto.
Personalização: avançamos em planos de aula e trilhas com adaptação prática, usando IA para sugerir variações de atividades, níveis de apoio e caminhos alternativos, de acordo com perfis e evidências de aprendizagem. A personalização não ficou só no discurso: virou roteiro, checklist e instrumento de sala.
Automação: na gestão educacional, mapeamos processos passíveis de automação, organização de inscrições, lembretes, consolidação de respostas e preparação de relatórios, para liberar tempo de coordenações e núcleos pedagógicos. O resultado foi ganho de eficiência sem abrir mão da qualidade da decisão humana.
Debate Ético: estabelecemos balizas claras de uso responsável, com transparência, privacidade e critérios de qualidade. Nossos materiais internos e formações abordaram riscos e limites de modelos gerativos, reforçando a autoria docente, a avaliação criteriosa de fontes e a importância do contexto local.
Foco em capacitação: a melhor tecnologia perde força sem preparo. Por isso, nossas formações, tanto abertas no EducaSpace quanto sob medida, enfatizaram casos reais, protótipos replicáveis e tutoriais orientados à tarefa. O objetivo foi garantir transferência imediata para a prática.
Aprendizagem imersiva (VR/AR) ganhando tração
Aplicações práticas: em 2025, priorizamos experiências imersivas e colaborativas com propósito pedagógico definido, seja em simulações, seja em roteiros de atividades que ampliam a interação e a construção conjunta. Investimos em design de experiência antes de tecnologia, o que melhorou a adesão das equipes e o engajamento dos estudantes.
Barateamento: exploramos alternativas acessíveis, escolhendo ferramentas compatíveis com a realidade orçamentária das instituições parceiras. O foco esteve em experiências escaláveis e incrementais, que pudessem começar pequenas e ganhar robustez conforme evidências de impacto.
Desafios: onde a infraestrutura ainda é limitada, nossa abordagem foi a de pilotos curtos e bem desenhados, com clareza de objetivos e indicadores de aprendizagem. Isso reduziu risco, evidenciou custo-benefício e orientou decisões de investimento.
Microcredenciais e aprendizagem contínua
Popularização: o formato de microformações do EducaSpace se consolidou junto ao nosso público docente, com cursos de duas horas, certificados e orientados a competências específicas. Ao longo do ano, lançamos e refinamos trilhas com foco em prática de sala, design de atividades e integração de IA no cotidiano do professor.
Flexibilidade: em parceria com instituições, articulamos microcredenciais a objetivos institucionais, com evidências de aprendizagem, tarefas autênticas e critérios de avaliação. Isso viabilizou reconhecimento interno e estímulo à progressão docente.
Planner de Futuros: organização que vira prática
Distribuição no CIAED: no 30º CIAED, distribuímos gratuitamente mais de 500 unidades do Planner de Futuros para apoiar professores a organizar o próximo ciclo letivo com metas claras, rotinas sustentáveis e planos de ação práticos, um material de bolso que aproxima planejamento pedagógico de microações possíveis no dia a dia docente.
O que é: um guia de planejamento docente inspirado em letramento de futuros, com calendários e rotinas estratégicas e atividades de reflexão que ajudam o professor a antecipar cenários e tomar decisões melhores. Traz práticas como retroprojeção (backcasting), exploração de cenários e exercícios de empatia, além de prompts “Abra a janela” para provocar novas formas de planejar, priorizar e conduzir as aulas.
Como usar na docência: utilize o planner para estruturar componentes e unidades, alinhar objetivos da turma, roteirizar atividades com critérios de sucesso e registrar ajustes entre uma aula e outra. As propostas de letramento de futuros e as inspirações semanais orientam microtarefas (preparação de materiais, momentos de tutoria, checkpoints de aprendizagem) e fomentam uma melhoria contínua que dá previsibilidade ao semestre sem engessar a autoria do professor.
Curso no EducaSpace: com o lançamento do curso Pedagogia de Futuros no EducaSpace, assinantes passam a receber o Planner como benefício, ampliando o repertório e a aplicação prática do que aprendem no curso.
Ensino semipresencial em evolução
Busca por modelos eficazes: em 2025, seguimos apoiando coordenações na modelagem de componentes semipresenciais: do desenho de aula às políticas de participação e avaliação, passando por planejamento de workload e ritmos de interação.
Foco na experiência do aluno: implementamos práticas de LXD que alinharam objetivos, atividades, avaliação e dados. Em projetos sob medida, definimos rubricas, padrões de qualidade e templates para facilitar a replicação por toda a equipe docente.
Tecnologia para o semipresencial: adoção tecnológica foi guiada por impacto pedagógico. Combinamos ambientes virtuais, ferramentas de colaboração e instrumentos de feedback com orientações de uso para evitar fadiga de telas e dispersão de esforços.
Bem-estar digital e saúde mental
Equipe interna: Com nossos colaboradores, colocamos em prática as mesmas diretrizes que levamos às formações: rodas de escuta, diagnósticos leves de sobrecarga, pactos de comunicação (janelas de notificação e períodos de silêncio), oficinas rápidas de higiene digital, blocos de foco e rituais de encerramento de jornada. O que aprendemos internamente retroalimenta nossos materiais e capacitações, garantindo recomendações factíveis no chão da escola e no dia a dia de times acadêmicos.
Conscientização: mantivemos a pauta de cuidado com a equipe interna, com conteúdos editoriais e espaços de escuta que reconheceram o impacto do excesso informacional, do multitarefa e das notificações fora de hora — mapeando sinais de alerta e fatores de estresse que afetam planejamento, mediação e criação de materiais. Busca por equilíbrio: oferecemos rotas práticas de organização de tempo, de curadoria com menos ruído e ), regras de reunião (pauta clara, duração enxuta, assíncrono quando possível) e desenho de atividades que valorizam presença, colaboração e um ritmo saudável, sem sacrificar a qualidade pedagógica.
Lições aprendidas em 2025
Tecnologia é meio, não fim: projetos da B42 começam por problemas de aprendizagem e terminam em critérios de sucesso claros. A tecnologia entra para viabilizar o caminho, não para definir o destino.
Capacitação é fundamental: formação com exemplos reais, templates e tutoriais focados em tarefas transfere conhecimento para a prática do professor e garante continuidade.
Ética e equidade importam: adoção de IA e de outras tecnologias respeitou princípios de transparência, autoria e privacidade, com atenção a contextos e desigualdades.
A experiência do aluno é central: aplicamos LXD para articular objetivos, atividades, avaliação e dados, com intencionalidade de engajamento e evidências de aprendizagem.
Colaboração é essencial: nossos melhores resultados vieram de processos cocriativos entre docentes, gestores e especialistas, com documentação simples para escalar o que funciona.
Na B42, essas lições foram incorporadas em projetos de ponta a ponta: da curadoria e do design instrucional à entrega de formações e suporte ao professor, sempre conectando inovação, ética e impacto pedagógico real.
Olhar para 2026: tendências EdTech emergentes
IA hiper-personalizada: em 2026, nossa agenda é aprofundar sistemas de apoio ao docente que ajustem conteúdo, nível de desafio e trilhas a partir de evidências de aprendizagem. A personalização será integradora: começa no planejamento, passa pela condução da aula e alcança feedbacks mais úteis ao estudante.
IA como assistente do professor: a B42 seguirá desenvolvendo e integrando fluxos em que a IA ajuda no planejamento, na criação de materiais e na detecção de necessidades de apoio. O objetivo é devolver tempo ao professor para interação humana, sem delegar a ele tarefas repetitivas que podem ser automatizadas com qualidade.
Integração de plataformas (ecossistemas Edtech): trabalhamos para interoperabilidade pragmática: menos fricção, mais fluidez. Integrações serão orientadas por casos de uso e resultados de aprendizagem, evitando acúmulo de ferramentas desconexas.
Análise preditiva e intervenção precoce: fortaleceremos dashboards e rotinas de análise que indiquem evasão, dificuldades recorrentes e lacunas na trilha, para que coordenações possam intervir cedo, com ações de alto retorno.
Credenciais verificáveis e blockchain: acompanharemos a adoção de tecnologias de verificação para autenticar microcredenciais, especialmente onde a empregabilidade e a progressão na carreira docente pedem evidências confiáveis.
Foco em habilidades socioemocionais (SEL) com apoio tecnológico: continuaremos a desenhar experiências que cultivem colaboração, comunicação e pensamento crítico, com instrumentos de acompanhamento que captem mais do que apenas notas.
Realidade estendida (XR) mais acessível: projetaremos experiências imersivas com MVPs bem definidos e escalonamento responsável, mantendo foco pedagógico e mensuração de impacto.
Sustentabilidade e Edtech verde: privilegiaremos escolhas tecnológicas eficientes e práticas de design que reduzam desperdício de tempo e recursos.
Neurociência e aprendizagem baseada no cérebro: integraremos achados relevantes de neurociência ao desenho de experiências, especialmente em atenção, carga cognitiva e memórias duradouras.
Modelos de negócio inovadores em Edtech: seguiremos combinando B2B e parcerias em que o conhecimento do contexto local é decisivo para o sucesso, valorizando entregas medíveis e escaláveis.
B42: Preparados para o futuro
Em 2025, consolidamos soluções e parcerias que nos deram clareza do que gera valor no chão da sala de aula e nas coordenações pedagógicas. Em 2026, aprofundaremos nosso papel como parceira estratégica de instituições e educadores, orientando iniciativas por impacto e evidência.
IA responsável: manteremos diretrizes éticas, transparência e centralidade humana em todas as soluções.
Design de experiência (LXD): continuaremos a criar jornadas engajadoras e eficazes, integrando pedagogia e tecnologia de forma coerente.
Soluções híbridas e flexíveis: apoiaremos modelos educacionais que combinem o melhor do presencial e do digital, com foco em escalabilidade e simplicidade operacional.
Conteúdo inovador: produziremos materiais ricos, acessíveis e replicáveis, reduzindo atrito de adoção e garantindo qualidade didática.
Capacitação para o futuro: apoiamos lideranças e docentes em competências emergentes, documentação de práticas e governança para continuidade.
Estamos entusiasmados com as possibilidades de 2026 e prontos para seguir construindo, com nossos parceiros, projetos que façam diferença no aprendizado.
Tendências que moldarão o aprendizado em 2026
Para nós, a retrospectiva de 2025 reafirma que a combinação entre inovação e propósito educacional é decisiva. Ao entrar em 2026, manteremos a rota da personalização apoiada por IA, da integração coerente de plataformas e do foco obstinado na experiência do aluno e no desenvolvimento do professor. A maturidade técnica, o olhar para dados e a sensibilidade pedagógica guiarão as escolhas para que a tecnologia não substitua o humano, mas o potencialize.
Olhando para 2026, esperamos uma aceleração na personalização impulsionada por IA, uma maior integração de plataformas e um foco contínuo na experiência do estudante e no desenvolvimento de habilidades para o futuro. Navegar por essas tendências exigirá visão estratégica, investimento inteligente e uma cultura de aprendizado contínuo por parte de todas as instituições educacionais.
A evolução das EdTechs, em 2025, reforçou que tecnologia e propósito educacional precisam caminhar juntos. Se a sua instituição busca aplicar de forma prática as tendências de IA, aprendizagem imersiva e ensino híbrido em 2026, nossa equipe pode ajudar a construir um plano estratégico sob medida.
Na B42, acreditamos que cada projeto pode ser um ponto de virada na forma como se aprende e se ensina. Entre em contato e descubra como transformar inovação em resultados reais para sua comunidade educacional.





